“O difícil é começar.”

Desde o dia 26 de outubro venho tentando... Começar a escrever...
Já dizia um ditado popular: todo homem deve ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro.
Bem, ainda não tenho filhos nem plantei uma árvore ainda. Então, vou começar pelo fim.
Esboçar um pensamento. Quem sabe não vira livro? Depois vem a árvore, o filho. Não necessariamente nessa ordem (quem sabe eu não plante uma árvore com o meu filho. Mas, enfim...)

Dia 26 de outubro foi meu aniversário de 33 anos.
Percebo que um novo momento em minha vida se deu início. A visão que tenho tido a respeito das coisas e do futuro estão, de certa forma, ampliadas.
Talvez tenha sido em decorrência das experiências que tive nessa transição “32-33 anos”: experiências essas muito boas.
Não que eu não tivesse tido as experiências ruins. Tive! Ô, se tive!
Mas, como elas me espremeram. Tiraram de mim aquela essência que eu não sabia que existia. É difícil expressar na letra fria todo o sentimento e sofrimento que me causaram e também o ensinamento e auto-conhecimento que adquiri.
Para alcançar esse platô (se é que alcancei), tive que renunciar a algumas coisas...
Um amor.
Um desejo.
Uma carreira.

Mas como eu ganhei...
Paz.
Retorno à Família.
Novos e verdadeiros amigos.
Sentido para a vida.
Prazer em estar a sós comigo mesma (amo minha companhia!).
Meus livros.
Meus vídeos.
Meus momentos de cruz.

Ah, isso não tem preço.
Não gostaria de estar “experimentando” sozinha.
Em minha alma ainda existe um pedaço de uma outra que insiste em me chamar a atenção para um detalhe: “Falta alguém”.
Hum... “O tempo é o senhor de todas as coisas”.

33 anos.
Jesus tinha essa idade quando tomou a decisão de obedecer ao Pai.
Às vezes, me pego pensando: “Era essa a visão e a maturidade que Jesus tinha? Com 33 anos já posso tomar a decisão mais difícil da minha vida? Qual será essa decisão?”
Quantos questionamentos!
O meu desejo (e o meu medo!) é que 33 anos represente para mim o que representou para o meu Senhor:
Ano da obediência ao Pai.
Ano da demonstração de um verdadeiro amor ao Pai e ao próximo.
Ano da crucificação da vontade (carne).
Ano da ressurreição do espírito.
Ano da ascensão ao Pai (ir para junto Dele, relacionamento).

A mudança nos causa medo.
Mas não existe coragem sem medo.
Eu escolho ser corajosa.

Quero que minha vida faça sentido.
E o sentido da minha vida é Jesus.
Agora é.
E o será enquanto eu viver nesta terra.

26 de outubro de 2008.
Não poderia ter sido melhor.


"Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu,
nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera."
(Is. 64.4)