Graças!‏

A palavra de hoje é gratidão.
Mais do que palavra, que seja atitude hoje.
Têm dias em que acordo com o coração grato, feliz só por estar viva, com saúde, por ter amigos, família, etc.
Mas como mencionei, "têm dias", ou seja, não é constante.
Normalmente, tenho a tendência para reclamar de tudo.
E hoje, pensando nas experiências recentes de frustração, me peguei reclamando. E me perguntei que se era razoável todas as "reivindicações" que fazia a Deus.
Ora, não me falta nenhum pedaço, não adoeci, nenhum mal físico me acometeu.
Fiquei até constrangida com o tamanho da hipocrisia.
Sim, hipocrisia porque achava até que era bem "grata".
Cega... não passo de uma egoísta, cheia de justiça própria.
Pois é...
Hipocrisia, egoísmo, justiça própria. Tudo isso dentro de mim.
Gratidão que é bom, cadê?
Me envergonhei muito e me arrependi.
E lá estava eu, no meio de uma auditoria, me entregando a Deus, pedido perdão e misericórdia por não atentar para o cuidado real e palpável esse tempo todo.
E silenciei.
Escutei a gratidão ecoando do meu coração.
E aí, eu agradeci.
Por amar genuinamente e sentir todas as emoções possíveis correrem pelo meu corpo, mostrando a minha humanidade e fragilidade.
Por acreditar nas pessoas, no melhor delas e entrar em confusão por isso, mostrando que o meu coração é puro, é inocente.
Por ter a oportunidade de estender a mão, oferecer um teto, dispor de recursos, mostrando que não sou mesquinha e fria à necessidade do outro.
Por, de alguma forma e em algum momento que eu não percebi, ter deixado o evangelho entrar e mudar o meu relacionamento com o Eterno, de forma que eu entendi que não interessa se tudo está bom ou ruim. O que importa mesmo é a essência de ser simplesmente bom, ser de Deus, gente boa de Deus.

Por isso, dou Graças!

Pelos pingos d'água
Pelo beijo do vento
Pelo abraço do sol

Pelo sorriso da criança
E pelo meu riso espontâneo
E meu choro sincero

Pelos dias que são cinzas
E pelos coloridos também

Pela beleza da vida
E o mistério que é viver
E por tudo isso
Poder agradecer.