MATURIDADE?



Sou uma mulher de 36 anos. Solteira, sem filhos. Independente.
Há quase um ano atrás, resolvi aceitar o desafio de ter um lugar. Vários motivos me levaram a tomar essa atitude, mas o principal deles foi a necessidade de um mundinho meu em que pudesse imprimir nas paredes as minhas neuroses, manias, cheiros. Enfim, algo com a minha cara, minha essência.
E digo que, apesar das responsabilidades que isso traz, estou muito satisfeita com os resultados.
Semana passada, conversando com mamãe, antes de ser internada, ela sugeriu que eu voltasse pra casa ou que, pelo menos, considerasse a idéia de fazer um “puxadinho” lá perto dela. Me recusei.
Disse a ela que estar perto me torna acomodada, preguiçosa. Eu não faço esforço nenhum para crescer e ela também não. Curioso isso, não? Incrível que ela concordou.
É a vida.
Para se manter em pé, firme, fincado, necessário é que as escoras sejam retiradas. Elas são importantes por algum tempo, mas a hora de se sustentar sem a ajuda delas chegará.
E, assim como tudo na minha vida, esse processo está apenas começando.
Dando uma olhada pelo retrovisor, vejo que muitas situações contribuíram para o cenário de hoje.
As situações, os sustos, os traumas, pessoas, coisas, decepções, alegrias, mudanças bruscas, TUDO foi como que peças de um grande quebra-cabeças, formando uma imagem ainda incompleta.
Ganha carne, sangue e corpo o que disse o mano Paulo de Tarso: tudo coopera para o bem dos que amam a Deus.
Sempre me acompanhou um desejo ardente e urgente de entender quem eu sou, porque sou assim e o que tudo o que acontece hoje me tornará.
E a minha “caverna” tem ecoado alguns ensinos. Sai de mim, bate nas paredes e volta pra dentro de mim.
É a Voz Daquele que me ama mais do que eu me amo e O amo.
Talvez você não entenda o que eu quero dizer.
Talvez eu pense muito mais rápido do que escrevo.
Talvez tudo isso não passe de coisas sem sentido.
Mas é o que me habita e virá para fora até que esse caos seja organizado.
Ou não.
Quem sabe não é assim que tem que ser?
Hoje é um dia perfeito para estar alegre com esse processo.
Que assim seja.

Comentários

  1. Puxa... além de me chamar a atenção para encarnar esse desafio para a minha própria vida, colocou em palavras alguns de meus próprios pensares sobre mim, sobre Deus em mim... Que eu possa também levá-los à efetivação ruminante e à saída de acomodações inquietantes.
    Muito bom, Mana-Manauara!
    Bjos.

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    1. É isso aí, Cris. Vamos pra cima desse desafio. E obrigada por opinar. Abraço, querido!

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  2. Já morei sozinha e que saudades!!! Foi a melhor coisa que me aconteceu... infelizmente tive que voltar pra casa dos meus pais, oro a Deus todo dia pra que seja por pouco tempo!

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    1. Lu, querida, já saí de casa váááárias vezes. E todas elas (antes dessa), foi pelos motivos errados. No meu caso, para morar com o namorado. E sempre voltava pra casa da mamãe, frustrada, desesperançada. Levou um tempo para eu amadurecer a idéia de morar só de novo.
      O momento ideal chegou. Agora, consciente, sem emoções... rsrs.
      Espero que o seu tempo chegue logo. E o Pai é detalhista nisso. Beijo, mana.

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